O crescimento do marketing digital tem popularizado alguns conceitos, como o de persona. Contudo, ainda existem vários desafios no tocante ao modo de identificá-la.
A confusão mais comum é entre ela e o público-alvo. Afinal, qual a relação entre ambos, qual deles é mais recente e qual o papel de cada um?
A melhor maneira de responder isso para quem está no ramo hoteleiro, é por meio de dicas práticas. Então, basta seguir adiante na leitura.
1. O que exatamente é a persona?
A primeira dica indispensável sobre como desenvolver uma persona eficiente e assertiva para o seu negócio é conhecendo bem esse conceito.
É bem simples: se o público-alvo focava aspectos mais gerais como endereço, idade, gênero e poder aquisitivo de um grupo, a persona vai além, frisando os hábitos e as convicções dos clientes em potencial.
Trata-se de criar verdadeiros personagens semi fictícios, com nome completo e até foto de alguém real. Quem é o alvo de uma loja de enxoval para quarto infantil, por exemplo?
Tais perguntas valem para qualquer segmento, especialmente para hotéis e o setor de turismo. Ao meditar sobre esses aspectos, você terá uma compreensão bem maior do seu público e da mudança de hábitos dele.
2. Sobre a quantidade de perfis
Em seguida, é preciso entender que o público-alvo não é algo “superado”. A estratégia começa por ele, mas depois é preciso ir além e aprofundar nas personas.
Com isso, surge um ponto essencial: o de não cair em dispersões. Se o público-alvo é muito sintético para o horizonte atual do marketing, as personas correm o risco de cair no outro extremo.
Para evitar isso, o indicado é compor dois, no máximo três perfis. No ramo hoteleiro, que tal criar o perfil de um jovem universitário e viajante, o de um casal com (ou sem) filhos, e o de pessoas idosas que também busquem tais soluções?
3. Quais as perguntas essenciais?
A estratégia das personas nada mais é do que uma metodologia de segmentação do mercado que, inclusive, vive crescendo e se modificando constantemente.
Depois de afunilar seu público dentro de um oceano de possibilidades (localização demográfica, poder aquisitivo, eventuais limitações de gênero, etc.), é preciso entender a fundo o comportamento dos perfis.
Munido da rotina mais imediata do seu segmento, seja o ramo hoteleiro, de turismo ou uma empresa de pintura predial externa, as perguntas que precisarão ser feitas são:
- O que meu cliente faz nas horas vagas?
- Quais são suas expectativas de médio e longo prazo?
- Com o que trabalha e qual sua fonte de renda?
- Quais suas prioridades de investimento?
- Como ele consome conteúdos e novidades?
- Qual a principal rede social que ele utiliza?
Aqui sim é possível exagerar: quanto mais perguntas, ou ao menos quanto mais detalhadas, melhor será o resultado final.
4. Por dentro das pesquisas
Já deve ter ficado claro que não se trata de lidar com meras opiniões. É preciso fazer pesquisas e levantamentos que sirvam como subsídio para responder às perguntas listadas acima.
Se uma loja vende desde móveis até cortina wave quarto e já tem uma clientela, não vai ser difícil levantar alguns dados por e-mail ou mesmo por telefone.
Hotéis e os demais segmentos, ou até quem está iniciando agora, ainda podem contar com as redes sociais. É possível criar grupos e estimular a participação por meio de descontos.
Também existem softwares e aplicativos que ajudam na automatização do processo e na tabulação dos dados levantados.
Todo esforço é pouco. Afinal, as vantagens implicadas na criação da persona de um hotel estão diretamente ligadas ao seu sucesso no curto, médio e longo prazo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.